Semana passada eu resolvi voltar a desenhar por dois motivos, primeiramente porque é uma coisa que eu gosto muito de fazer, me sinto bem quando desenho e em segundo vem a minha necessidade de encontrar um estilo próprio que se encaixe perfeitamente nas minhas habilidades que não são lá essas coisas.
No princípio foi tudo mundo simples, eu só precisava investir uma pequena quantia em dinheiro para melhorar meu arsenal de canetas que já estava pedindo reforços faz tempo. Acabei gastando um pouco mais do que esperava, mas valeu à pena. Bom, o material já estava em mãos era só começar a desenhar, certo? Errado! Funciona assim pra quem é bom, e como não é meu caso eu precisava de um pouco mais de empenho, pois as primeiras tentativas não foram muito bem sucedidas.
Como eu disse no início do texto, eu preciso encontrar um estilo próprio, porque sempre que vejo um desenho legal eu penso “uau, quero ser bom assim também” e ai vem a tentativa e logo depois a frustração. Eu sempre tive um sério problema em reproduzir proporcionalmente as medidas do corpo humano, fazer mãos por exemplo. Levo jeito pra colorir e achava que com uma mãzinha de azul aqui e uma de vermelho ali poderiam encobrir qualquer falha que o lápis e a borracha não fossem capazes de dar conta, ledo engano.
Foi ai que me toquei que não é necessário que eu seja como esses artistas talentosos, já que cada um tem um estilo de traçar as linhas de um corpo de mulher, de dar dimensões e proporções para uma paisagem ou de dar a sensação de movimento a um objeto, tanto faz. A questão é que obter sucesso nas minhas tentativas não depende da minha capacidade de fazer bem o que os outros fazem e sim encontrar uma forma de fazer de minha maneira, respeitando meus limites e minhas capacidades.
Depois que eu me toquei disso tudo resolvi partir para a prática mais uma vez e as coisas começaram a dar certo, quer dizer, ainda não sou um grande desenhista e essa nem é a minha pretensão na verdade, só que cheguei à conclusão de que o autoconhecimento é mais importante do que imaginava, que sem ele até as pequenas realizações tornam-se batalhas sangrentas contra um monstro mitológico de várias cabeças. Saber até onde você pode ir é o primeiro e mais importante passo de uma jornada e depois dos meus sucessivos fracassos eu aprendi uma lição que vou levar pra vida e que me acompanhará além das linhas tortas no papel.
Papel, canetas e ação!
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