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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O pão que o cupido amassou

Vou começar fazendo uma comparação não muito justa, mas que servirá para ilustrar: vamos imaginar que você está apaixonado por alguém e finalmente reuniu a coragem suficiente para convidar essa pessoa pra sair. Chegando ao local do encontro, você mal consegue conter-se por conta de todas as emoções e uma dose considerável de sentimento que aquela situação lhe proporciona, e depois de muito procrastinar você respira fundo e diz de uma vez só, assim a queima roupa, todas aquelas coisas que pensou durante as semanas ou meses que vieram depois que você finalmente se tocou que estava apaixonado(a). Imaginou? Então, é mais ou menos nessa saia justa que eu me meti quando resolvi escrever esse texto.
Se você não nunca passou por isso na vida pode crer que sua hora vai chegar, cedo ou tarde. Tenho a plena convicção que essa é uma das situações que mais causa medo nas pessoas, depois é claro de tomar injeção e ir ao dentista, mas apesar de tudo é um momento mágico na vida de alguém. Nós, enquanto seres humanos frágeis e confusos, temos a necessidade de sempre ter certeza sobre tudo por isso sofre-se tanto quando se gosta de alguém e não se sabe o que passa na cabeça do outro. Ainda sobre a condição humana, temos o péssimo costume de nos esquecer ou ignorar aspectos importantes de nossas vidas, inerentes a nossa existência e que fazem de nós de fato humanos, entre elas está a consciência de dois momentos chave: a paixão e a morte, não necessariamente nessa ordem. Quando cientes do segundo aspecto, nos damos conta de que tudo tem um fim e que corremos um sério risco de não realizarmos o que desejamos com o tempo que temos, incluindo declarar-se para quem se ama.
A experiência da paixão é essencial para a descoberta de facetas de nossas personalidades, nos ajuda a revelar quem somos trazendo a tona coisa que até então eram desconhecidas, no meu caso a capacidade de me abrir de uma forma que antes eu achava, digamos, inviável. Admito me apaixonar com certa facilidade, apesar do meu comportamento usual desmentir essa afirmação, inclusive por conta desse meu desvio já me meti em poucas e boas, situações constrangedoras que parecem ser o karma de todos os apaixonados.
Estar apaixonado às vezes é uma merda, pois como já afirmei anteriormente, a incerteza não é muito agradável, nos faz sentir impotentes, o que não está muito longe da verdade, porque não se pode fazer muito mais além de se abrir ou se lamentar caso não consiga. Há quem diga que o cupido está por ai tramando nossa ruína, pronto pra foder com nossas vidas, eu particularmente não gosto da idéia de um moleque louro, de olhos azuis, asas, munido de uma arma branca e sem a menor noção seja responsável pelo destino da minha vida amorosa, sendo assim prefiro atribuir minhas emoções aos bons e velhos impulsos elétricos e as minhas queridas reações químicas, ou seja, toda a responsabilidade cai sobre os meus ombros e não há personagem mítico que vai me atrapalhar ou, sendo muito otimista, me ajudar com uma flechada certeira na pessoa certa.
Você deve estar se perguntando “afinal, esse cara está ou não está apaixonado?” ou “onde é que ele quer chegar?”, então vamos por partes. A resposta para a primeira questão é sim, eu estou e isso nos leva a reposta da segunda que é a minha conclusão de que falar com propriedade sobre paixão é muito difícil, pois quando parece que a certeza finalmente resolveu dar o ar de sua graça vem outra dúvida para desviá-la do seu trajeto, em outras palavras, não importa o que aconteça nós nunca poderemos dizer com toda a convicção do mundo que sabemos o que é se apaixonar, porque uma paixão nunca é igual a outra e sempre vai haver alguma coisa pra acrescentar no repertório, sempre!


Ai vai um belo exemplo que pode ser até encarado como motivacional se você for daqueles que enxerga o copo meio cheio.



É amiguinho, eu te entendo muito bem.

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