“Não tenho ciúmes, apenas cuido do que é meu”. A menos que estejam se referindo a objetos, essa frase não faz o menor sentido.
Não sei como se referir às pessoas que você gosta como coisas que podem ser guardadas em uma gaveta pode ser uma demonstração de amor. Até hoje eu não encontrei nenhuma explicação convincente sobre o que é o amor a não ser aquelas palavras floreadas e cheias de “fru fru” que escrevem em cartões dos dias dos namorados, é óbvio que é um conceito sublime demais para ser traduzido em palavras por isso eu não consigo entender por que é que continuam tentando.Não que haja alguma coisa errada em tentar, mas precisa ser da maneira certa não essa baboseira romântica que o cinema e música popular tentam nos empurrar goela abaixo.
As pessoas se envolvem em relações superficiais enganando a si mesmas com a idéia de que a outra pessoa passa a ser uma propriedade, que tem controle um sobre a vida do outro. Geralmente as duas partes sabem disso, mas fingem que não e é ai quem começam as cobranças e posteriormente as decepções, tudo por causa de um mal entendido que ocorre com uma freqüência assustadora: idealizar a uma relação e ignorar a realidade só por conveniência. E tem gente que tem a capacidade de elevar o nível da burrada levando todas essas expectativas para um casamento que não vai durar tanto quanto as outras pessoas consideram aceitável, pois no final das contas só se trata de mostrar pra todo mundo um felicidade que não existe.
Eu respeito a decisão do individuo de se relacionar com quem quiser e como quiser, cada um sabe da sua vida, eu só não aceito que tentem me vender esse inferno de convivência forçada a que dão o nome de casamento como se fosse a melhor coisa que possa acontecer na minha vida, isso não é verdade e todo mundo sabe disso. O que também se sabe, mas perece que todo mundo faz questão de ignorar é o fato de que é preciso muito mais que um pedaço de metal dourado em formato de circulo pra fazer um casal feliz, é preciso muito mais do que isso. Compreensão e respeito são fundamentais e eu não vejo nenhuma dessas duas coisas em uma relação que tem como base o ciúme, que na minha modesta opinião não passa de uma demonstração de egoísmo descarada.
A questão não é sobre manter-se em um relacionamento que exige um pouco mais de envolvimento, não tenho nada contra compromissos acho que são importantes, só acredito que é preciso alcançar um nível maior de compatibilidade pra se engajar em alguma coisa mais séria.
No fim das contas eu cheguei à seguinte conclusão: casamento é uma ilusão, nele todos depositam suas esperanças tendo uma chance mínima de que vá dar certo, depois de consumado um deixará na vida do outro marcas que não se apagarão tão facilmente e podem ser muitos ruins, mas quando duas pessoas mesmo cientes disso tudo decidem seguir em frente isso pode ser chamado de amor.
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